Festival:
Sons do Atlântico aquece luandenses numa noite fria à beira mar
Sons do Atlântico aquece luandenses numa noite fria à beira mar
Luanda - O Festival Sons do Atlântico realizado, neste sábado à noite (dia 2), na Baia de Luanda, certamente ficará marcado para sempre na memória dos vários luandenses que estiveram presentes no local do evento.
As propostas do festival foram de certeza uma verdadeira opção. A abrir essa edição, sem desprimor do Dj Djeff que deu uma palhinha de música electrónica, esteve a voz feminina revelação do Top Rádio Luanda 2012, a cantora Selda, diga-se de passagem, soube harmonizar a sua música a doce quietude do mar.
O cantor cabo-verdiano, Beto Dias, musicalmente, elevou a tónica da noite ao cantar, entre outros, os sucessos “Sim Sabeba”, “Nós Dois” e “Viciadu na bo”, canções que, de certa forma, foram um pedido de assistência que fez o coro, dando o seu show com aplausos e demonstrando muita a sua satisfação pela performance do cabo-verdiano.
Para além da sequência de grandes kizombas desfiladas, Beto Dias cantou também um tema oriundo cuja rítmica baseou-se no funaná, género musical das ilhas.
Feitas as apresentações de Beto Dias, o espaço foi “assaltado” pela angolana Ary, que começou a despertar a plateia mesmo antes de subir ao palco com a sua forma “alargada” de se comunicar em público. Contou o presumível embaraço que teve para chegar a tempo e na hora do espectáculo e poder brilhar.
Apesar de um pequeno lapso e ter prometido, parafraseando-a, escangalhar o festival, a cantora manteve-se sempre no padrão da noite. Interpretou, entre outros sucessos, o “Betinho”, “Louca só por ti” e “Meu marido”, essa última uma escolha do publico, deixando os fãs com uma pontinha de orgulho pelo satisfação do pedido.
Num ritmo frenético e numa combinação de ritmos e batidas, para quem pensava que já tinha visto tudo ao longo da noite eis que são brindados com a subida em palco da brasileira Wanessa Camargo, na sua primeira apresentação internacional em 2013. Com “pitadas” de amor, de rock, guitarras destorcidas e performance inusitadas, misturou à salada nocturna na Baia de Luanda com sotaque brasileiro.
A artista disse estar orgulhada por mais uma vez actuar em Luanda e pediu aos angolanos para não a deixarem muito tempo longe de Angola. Realçou ainda que um dos melhores shows foi nessa cidade, pois foi no único local em que tombou durante um espectáculo.
Único entre muitos, o kudurista Bruno M teve uma actuação estonteante, tal igual esteve também os bailarinos com uma performance envolvente.
Quem também esteve em alta foi Matias Damásio ao interpretar novos e velhos sucessos da sua carreira. O artista convidou a cantora cabo-verdiana Sara Tavares para juntos cantarem a música "Angola" em honra a Angola, que, apesar de ter uma actuação a parte muito reduzido, cantou apenas dois temas de sua autoria. Sara Tavares demonstrou que o público é determinado pelo ambiente, no qual a sua música “Banlancê” e “Bom Feeling” entoada em uníssono.
Com o cardápio artístico transformado numa autêntica salada de vários ritmos, o espaço foi ainda tomado pelo rap Big Nelo, que entrou na tónica a princípio na companhia de C4 Pedro.
Embora o seu momento não ter sido todo instrumental, a carga a que se caracteriza em nada foi afectada.
No mesmo entrosamento manteve-se também Yuri da Cunha. Dançou, chamou o público a brincar e deixou o palco com o trabalho bem feito.
O festival Sons do Atlântico, 1ª edição/2013, que teve o seu início às 20 horas de sábado e fim às três da manhã de domingo, foi encerrado pelos irmãos gémeos Pedro e Okoye Paulo (P-Square), que dispensam qualquer abordagem sobre os seus hits populares, basta ouvir o tema: “Beautiful Onyinye” e "Chop My Money" com Akon, May D.(Fonte:http://www.portalangop.co.ao).
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